MPT-GO contribui para realização do Festival de cinema DIGO

O objetivo principal do evento é evidenciar as cores da sétima arte na luta pelos direitos humanos

O 3º Festival Internacional da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás (DIGO) está sendo realizado em Goiânia a partir dessa semana e o Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) contribuiu com o evento por meio da destinação de recursos. As atividades do festival, que ocorre entre os dias 7 e 13, estão ocorrendo no cinema Lumière Banana Shopping e no Espaço Teatro Sonhus, ambos localizados no Centro da capital. A entrada é franca.

A programação conta com mostras paralelas e competitivas de curta e longa metragens, além de oficinas e palestras voltados ao público lésbico, gay, bissexual, transexual e travesti (LGBTT). Segundo o diretor do festival, Cristiano Sousa, realizar o DIGO é uma forma de promover a continuidade ao trabalho de conscientização da cultura LGBTT através do cinema. “A agressão ao diferente tem mostrado sua face no mundo todo, então é fundamental estimular o respeito integral aos direitos humanos e a inclusão da diversidade”, atesta.

A primeira edição do Festival DIGO foi realizada em 2016 e o evento é pioneiro no centro-oeste do Brasil em termos de apoio à diversidade. O objetivo principal é evidenciar as cores da sétima arte na luta pelos direitos humanos, principalmente no que diz respeito às pessoas LGBTT. Além disso, é uma oportunidade para todo tipo de manifestação artística, o que promove a autoestima e empoderamento dos envolvidos, explica Sousa.

Durante a abertura do evento na noite de ontem (7), o procurador-chefe do MPT-GO, Tiago Ranieri, ofereceu uma palestra com o tema “Políticas Públicas voltadas ao Trabalho Decente da população LGBTT”. Ranieri abordou a discriminação no mundo do trabalho contra essa parcela da população, a jurisprudência envolvendo transexuais na Justiça do Trabalho e as políticas públicas nacionais e internacionais que existem para promover a diversidade sexual e de gênero no mercado. A procuradora do Trabalho responsável pelo caso que originou o recurso das destinações, Suse Lane do Prado, também esteve presente na ocasião para representar o MPT-GO.

“Através da ação da Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades (Coordigualdade), a luta do MPT contra a discriminação é diária. É indispensável o esforço conjunto para exterminar esse atentado aos direitos humanos e direitos fundamentais no trabalho”, atesta o procurador-chefe.

Recursos

Os recursos destinados ao apoio à realização do Festival DIGO tiveram origem em uma multa aplicada à Unimed Goiânia pelo descumprimento de um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado com o MPT-GO em 2015. A empresa se comprometeu a conceder descanso semanal remunerado, não exigir ou permitir que seus empregados realizem jornada de trabalho superior a oito horas diárias e 44 semanais e não manter os trabalhadores em serviço durante feriados nacionais e religiosos sem a permissão de autoridade competente.

Contudo, foi constatado que a operadora de planos de saúde não impediu que a jornada de seus empregados ultrapassasse os limites legais. Então, conforme previsto no TAC, foi aplicada uma multa à empresa. Do valor da pena, R$30 mil foram destinados à terceira edição do Festival DIGO.

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Para mais informações sobre o 3º Festival Internacional da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás (DIGO) clique aqui.

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