Pesquisa financiada pelo MPT em Goiás e Justiça do Trabalho inicia fase de testes em massa

Objetivo é conseguir resultados mais rapidamente, de forma precisa e a um custo acessível

Começou a ser realizada hoje (02/10) a fase de testes em massa dos kits para diagnóstico rápido de COVID-19, que é a mais nova etapa da pesquisa que vem sendo desenvolvida pela Universidade Federal de Goiás (UFG). O grupo escolhido foi o de trabalhadores do transporte coletivo de Goiânia, sendo que a meta é realizar 100 exames por dia, até que todos sejam testados. Não há custos para as empresas e empregados. Paralelamente, estão sendo realizados também os exames do tipo RT-PCR, para fins de comprovação da eficácia dos kits.

Recentemente, o Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) e a Justiça do Trabalho destinaram R$ 1,3 milhão para financiar a pesquisa, que contempla um total de cinco fases. A UFG e o MPT em Goiás assinaram, no dia 21/07, um termo de convênio para formalizar a destinação.

Os testes têm como objetivo oferecer resultados mais rápidos, precisos e com menor custo, quando comparados ao RT-PCR, que atualmente é o de maior exatidão disponível no mercado. Outro propósito da pesquisa é o de ampliar a capacidade de testagem em massa dos goianos, o que permite a formulação de melhores estratégias de contenção à disseminação do vírus enquanto uma vacina não esteja disponível.

“A inovação da pesquisa baseia-se na possibilidade de se obterem kits para diagnóstico rápido de COVID-19 em pacientes em estágio inicial da doença, utilizando diretamente amostras de saliva”, explica a professora Gabriela Rodrigues, coordenadora do projeto.

“Destinar recursos a um projeto tão sério e promissor é de suma importância para que possamos tentar preservar o máximo de vidas e também não sobrecarregar o sistema de saúde. E agora, mais do que nunca, temos a percepção do quanto a Ciência e as universidades públicas são fundamentais para nosso país, seja para superarmos uma pandemia, seja para que tenhamos condições de construir uma nação mais desenvolvida e justa”, afirmou o procurador-chefe do MPT-GO, Tiago Ranieri.

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