Evento debate impactos dos agrotóxicos
Evento é uma iniciativa do Fórum Goiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos
O Fórum Goiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos realizou na última sexta (13/12) reunião virtual para atualizar informações e discutir possibilidades de ação no combate aos impactos de insumos tóxicos. O Ministério Público do Trabalho (MPT em Goiás) é uma das instituições que compõem o Fórum. O encontro foi aberto pelo procurador-chefe do MPT em Goiás, Tiago Ranieri. A mediação do evento foi realizada pelo procurador do Trabalho Leomar Daroncho.
A primeira fala foi concedida ao subprocurador-geral do Trabalho Pedro Serafim, um dos responsáveis pela fundação do primeiro fórum do gênero no país. Serafim abordou o tema “Os Fóruns e a participação social na questão dos agrotóxicos”. Em seguida, ocorreram as exposições de três palestrantes.
Larissa Bombardi, professora do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, fez uma exposição sobre “Dados atuais do modelo de produção com intensa exposição a agrotóxicos”. Em sua fala, a professora explicou, por meio de representações de um atlas, como se dá a produção dependente de agrotóxicos e o impacto do uso de pesticidas.
Giselle Freitas, nutricionista na Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental da Secretaria de Saúde de Goiânia (GO), explanou sobre “O espaço urbano e os agrotóxicos”. Um dos pontos apresentados por Giselle foi o projeto “Hortas Urbanas Sustentáveis” e a Agroecologia, que demonstram na prática como é possível o cultivo e o manejo de plantações sem o uso de defensivos.
Por fim, o engenheiro agrônomo Rodrigo Baiocchi, fiscal agropecuário na Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), abordou o assunto “Avanços da fiscalização do uso de agrotóxicos”. Baiocchi também mostrou como as ações fiscalizatórias e, paralelamente, de informação/educação em relação aos pesticidas têm ganhado robustez e alcançado resultados eficazes.
O Fórum Goiano
Goiás, onde o agronegócio é um dos grandes agentes da economia, é o estado que mais utiliza defensivos agrícolas por hectare de área agrícola: 16,69 Kg/ha. Para tratar desse e de outros assuntos conexos, foi criado, em 2011, o Fórum Goiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, que agrega mais de 30 entidades governamentais e da sociedade civil, tem entre os seus principais objetivos reunir interessados na causa, coletar informações e alinhar estratégias para a construção de conhecimento e de alternativas ao modelo que gera danos à saúde do trabalhador, ao ambiente e à sociedade, ao longo da comercialização, uso, armazenamento de agrotóxicos e produtos afins e descarte das embalagens.