Ministérios Públicos em Goiás discutem riscos de flexibilização do lockdown

Instituições veem possibilidade de caos nos sistemas público e privado de saúde caso haja a reabertura das atividades econômicas não essenciais

Três Ministérios Públicos em Goiás reuniram-se na tarde de hoje (12/03) para discutir possíveis ações a serem tomadas pelos órgãos caso as Prefeituras de Goiânia e das cidades da Região Metropolitana decidam flexibilizar o decreto que restringe o funcionamento de atividades econômicas não essenciais. A reunião foi uma iniciativa conjunta do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT em Goiás), Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás.

A depender da avaliação do novo decreto e de dados do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública de Goiás (COE), os três órgãos, conjuntamente ou cada qual em sua esfera de atuação, poderão adotar providências, inclusive judiciais, que julgarem necessárias. Serão levados em consideração na análise do novo documento: taxa de ocupação de leitos de enfermaria e de UTI; índices de contaminação; fila de espera por vagas de UTI; e número de mortes diárias.

“Nós dos Ministérios Públicos aqui em Goiás estamos preocupados com a situação epidemiológica do Estado. Caso tenhamos de agir, o objetivo é evitar o caos no sistema de saúde do Estado, tanto na rede pública quanto na privada. E é justamente a esse ponto que não podemos chegar”, explica Tiago Ranieri, procurador-chefe do MPT em Goiás.

Pior ainda está por vir

Conforme reportagem publicada ontem (11/03) no jornal O Popular, os dados da média móvel mostram que, nacionalmente, somente o Maranhão tem curva de óbitos mais acelerada do que Goiás. Além disso, o número de mortes registradas diariamente ao longo da última semana teve um acréscimo de 145%. E faz um alerta: o pico da crise sequer aconteceu: deverá vir no fim de março ou começo de abril.

De acordo com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, há falta de profissionais de Saúde e é impossível aumentar a capacidade de atendimento nos hospitais públicos e privados no Estado.

 

 

 

 

 

 

 

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