MPT e outras instituições públicas adotam medidas socioambientais

Coleta seletiva, economia de energia e outsourcing de impressão são algumas das medidas implementadas. MPT e TCU apresentaram suas experiências em evento

Medidas socioambientais e sustentáveis vêm sendo implementadas por instituições públicas, tanto promovendo a economia de recursos, quanto assumindo a responsabilidade social pela preservação do meio ambiente. O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Tribunal de Contas da União (TCU) apresentaram, nesta segunda-feira (18), suas experiências na área durante evento promovido pelo MPT, em Brasília. O “Encontro Nacional do MPT Socioambiental”, realizado nos dias 18 e 19 de dezembro, tem como objetivos discutir o assunto e pactuar, entre as procuradorias regionais (PRTs) e a Procuradoria Geral do Trabalho (PGT), metas socioambientais para o MPT.

O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, integrou a mesa de abertura do evento ao lado da assessora socioambiental do MPT, Mariana Flesch Fortes. Ele enfatizou a importância do tema. “Essa área socioambiental é uma das prioridades da gestão, e pessoalmente para mim é uma das áreas mais importantes – se não a mais importante”, declarou. “Tomou uma proporção – começou como gestão ambiental e sustentabilidade no sentido de economia de material – e hoje é muito mais”, completou. Medidas socioambientais no âmbito do MPT já vêm sendo desenvolvidas em todo o país, e o encontro tem como objetivo alinhar as estratégias e metas das várias regionais e da PGT para os anos de 2018 e 2019.

A responsável pela Secretaria de Gestão Socioambiental da Procuradoria Geral do Trabalho (PGT), Patrícia Rambo, vem coordenando as ações no âmbito da sede do órgão, em Brasília. Segundo ela, diversas medidas, como a coleta seletiva, já vêm sendo promovidas na PGT. “Dentro das nossas instalações, nós estamos implementando estações de coleta seletiva nas salas, nos módulos de trabalho, para que os próprios servidores já separem o seu lixo”, explica. Segundo Rambo, será promovida uma campanha informativa para divulgar e estimular a coleta seletiva entre os servidores e membros da unidade.

Ela também esclarece que outras medidas, voltadas para economia de energia, vem sendo planejadas. “Nós vamos ter também campanhas de economia de energia, instalando adesivos em todos os interruptores”, conta. “Outras medidas também que a gente deseja é que o usuário de preferência abra as persianas, para ter uma luz mais natural, e assim não precisar consumir energia elétrica, desligue os computadores, ao sair”, explica Rambo. Ela também destaca a importância da economia de água. “Com relação ao consumo de água, a gente vai ter também algumas inserções na intranet agora em 2018, falando da importância da redução do consumo de água”, completa.

Além do planejamento socioambiental no âmbito do MPT e da PGT, o evento contou também com a apresentação da experiência no Tribunal de Contas da União (TCU). O auditor federal de controle externo Benjamin Lima Junior apresentou as ações e resultados do órgão. “A gente teve três grandes medidas que tiveram grande impacto e adesão dos servidores. A primeira foi a substituição das garrafas de água por filtros, que foi um processo bem implementado no tribunal – que era histórico, as pessoas tinham resistência. A gente consumia mais de 1,5 milhão de garrafinhas por ano, de plástico, e, atualmente, nosso consumo está em 20 mil apenas, por conta das autoridades”, explicou.

“Uma outra medida muito importante foi o outsourcing de impressão, pelo modelo do TCU, a gente sai de mais de mil impressoras para apenas 170, 200 impressoras, uma economia da ordem de 80% no número de impressoras, e isso aí também com uma forte economia de recursos”, esclareceu o auditor. “A gente vem também realizando ações de coleta seletiva também”, completou.

Lima Junior demonstrou que o outsourcing de impressão gerou uma economia de mais de R$ 1 milhão, e a substituição de garrafinhas de água por filtros, de mais de um R$ 1 milhão a cada ano. Para ele, no entanto, as medidas não se resumem a economia de recursos no âmbito da administração pública. “A gente tem que olhar também para o pilar ambiental e também o social”, declarou.

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