Duas alunas que se qualificaram no projeto de empregabilidade do MPT em Goiás ganham bolsas para cursar Direito

Dedicação e desempenho durante e após o projeto foram os critério de escolha

Duas alunas que se formaram nos cursos oferecidos pelo projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor”, promovido pelo Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) e Justiça do Trabalho, ganharam uma nova oportunidade: cursar a faculdade de Direito. A assinatura do termo de compromisso entre as duas egressas, o MPT e a Faculdade Padrão ocorreu ontem (01/12), na sede do órgão, e foi coordenada pelo procurador-chefe do MPT em Goiás, Tiago Ranieri.

Dentre os alunos e alunas que se qualificaram no projeto, ambas foram selecionadas em razão do seu desempenho e dedicação durante o curso e também no mercado de trabalho, além da situação socioeconômica. A oportunidade foi possível porque houve um acordo entre o MPT e a Faculdade Padrão, que propôs converter a multa por ter descumprido um Termo de Ajuste de Conduta em oferta de bolsas de estudo. As alunas não pagarão mensalidade ou matrícula durante todo o curso, que dura cinco anos. O procurador do Trabalho Marcello Ribeiro foi o responsável por conduzir o acordo com faculdade.

Eliane Nunes participou do “Mais Um Sem Dor” em 2019, na edição voltada para pessoas em situação de rua. Na época, ela precisou ir para uma casa de acolhida por ter sofrido violência doméstica. Cursou Assistente de Cozinha, ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Hoje, Eliane trabalha com a carteira assinada no restaurante Évora, em Goiânia. Já conseguiu alugar uma casa, onde mora com a filha.

Rayanne Eduarda Brito fez parte do projeto em 2018, cujo público-alvo eram pessoas trans e travestis. Também se formou em Assistente de Cozinha, ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Desde dezembro de 2019, ela, uma mulher trans, trabalha com vínculo formal no restaurante Magna, também na capital, no cargo de Auxiliar de Cozinha.

Empregabilidade e dignidade

O “Mais Um Sem Dor” proporciona qualificação profissional, formação humana e encaminhamento ao mercado formal de trabalho de grupos em situação de vulnerabilidade socioeconômica do nosso Estado.

O custeio do projeto é feito pelo MPT-GO e pela Justiça do Trabalho, por meio da destinação de recursos financeiros resultantes da penalização de empresas que desrespeitaram a legislação trabalhista. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é parceira da iniciativa.

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