Projeto “Mais Um Sem Dor”: duas alunas recebem notebooks para ajudar em estudos na faculdade de Direito

Aulas no formato on-line exigem equipamento

Duas mulheres que se formaram nos cursos oferecidos pelo projeto de empregabilidade “Mais Um Sem Dor” receberam hoje (01/03) dois notebooks. Ambas estão cursando Direito e necessitam do item para acompanhar as aulas, que estão sendo ministradas na modalidade on-line. A entrega dos equipamentos ocorreu na sede do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) e foi feita pelo procurador-chefe da instituição, Tiago Ranieri.

Eliane Nunes e Rayanne Eduarda Brito foram selecionadas para duas bolsas do curso de Direito dentre alunos e alunas que se formaram no “Mais Um Sem Dor”. Os critérios de escolha foram: desempenho e dedicação durante o projeto e no mercado de trabalho; situação socioeconômica.

A oportunidade foi possível porque houve um acordo entre o MPT e a Faculdade Padrão, que propôs converter a multa por ter descumprido um Termo de Ajuste de Conduta em oferta de bolsas de estudo. As alunas não pagarão mensalidade ou matrícula durante todo o curso, que dura cinco anos.

Eliane participou do “Mais Um Sem Dor” em 2019, na edição voltada para pessoas em situação de rua. Na época, ela precisou ir para uma casa de acolhida por ter sofrido violência doméstica. Cursou Assistente de Cozinha, ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Hoje, Eliane trabalha com a carteira assinada no restaurante Évora (evoragastronomia), em Goiânia.

Rayanne fez parte do projeto em 2018, cujo público-alvo eram pessoas trans e travestis. Também se formou em Assistente de Cozinha, igualmente promovido pelo Senai. Desde dezembro de 2019, ela, uma mulher trans, trabalha com vínculo formal no restaurante Magna (magnarestaurante), também na capital, no cargo de Auxiliar de Cozinha.

Empregabilidade e dignidade

O “Mais Um Sem Dor” proporciona qualificação profissional, formação humana e encaminhamento ao mercado formal de trabalho de grupos em situação de vulnerabilidade socioeconômica do nosso Estado.

O custeio do projeto é feito pelo MPT-GO e pela Justiça do Trabalho, por meio da destinação de recursos financeiros resultantes da penalização de empresas que desrespeitaram a legislação trabalhista. A Organização Internacional do Trabalho e o Senai são parceiros da iniciativa.

 

 

Rayanne recebe notebook das mãos do procurador-chefe do MPT em Goiás, Tiago Ranieri
Rayanne recebe notebook das mãos do procurador-chefe do MPT em Goiás, Tiago Ranieri

 

Eliane também foi agraciada com o equipamento
Eliane também foi agraciada com o equipamento

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