Evento de combate ao trabalho infantil reúne escolas de 56 cidades
Educadores receberam capacitação para identificar e combater o trabalho precoce entre crianças e adolescentes
“O evento foi muito positivo, porque nós conseguimos plantar as primeiras sementes nas escolas goianas para enfrentar essa mazela dentro de sala de aula.” Assim o coordenador regional do projeto MPT na Escola, Tiago Ranieri de Oliveira, analisou os dois dias da Oficina de Formação de Educadores de Goiás. O evento, organizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás, qualificou 195 educadores de escolas públicas de ensino fundamental para atuarem no combate ao trabalho infantil e na proteção ao trabalhador adolescente.
Realizada nos dias 14 e 15, a Oficina de Formação recebeu professores e gestores de escolas de 56 municípios do estado. Palestras, cartilhas, vídeos e debates abordaram maneiras de combater o trabalho infantil ilegal e promover o trabalho seguro para adolescentes. Segundo Tiago, o objetivo principal do evento foi intensificar o processo de conscientização da comunidade escolar, para que ela saiba reconhecer e tomar as medidas adequadas ao enfrentamento do trabalho irregular entre crianças e adolescentes.
Os participantes receberam kits contendo material de apoio pedagógico, os quais vão ser distribuídos nas escolas da rede pública de ensino fundamental. A finalidade desse material, confeccionado pelo MPT, é auxiliar na reprodução das informações adquiridas durante a Oficina, para que os direitos das crianças e adolescentes sejam amplamente divulgados, reconhecidos e, consequentemente, respeitados.
O Gerente Nacional do Projeto MPT na Escola, Antônio de Oliveira Lima avalia que “quem sabe falar com as crianças e adolescentes são os educadores. E por meio deles vamos dar um passo significativo nessa meta, que é erradicar o trabalho infantil no Brasil.” Antônio esclarece que o MPT na Escola tem o propósito de desfazer a crença de que o trabalho infantil é o melhor caminho para tirar crianças e adolescentes do envolvimento com a marginalidade e as drogas.
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